sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Lembre de Mim

Lembre de mim aonde você for
No primeiro momento, quando chegar
Lembrando de mim sentirá o meu amor
Ficará com vontade de voltar

Lembre de mim na tua admiração
Por novas coisas poder ver
Mas sentirá um aperto no coração
Ao lembrar que vou estar a sofrer

Lembre de mim a qualquer hora
Mesmo estando trabalhando
Meu coração não aceita que fostes embora
E continua te esperando

Lembre de mim quando for dormir
Ao fechar os olhos verás os meus
Que insistem em sair por aí
Na esperança de reencontrar os teus

Lembre de mim e das nossas declarações
Será que voltaremos a escutar?
Sentimentos que transformamos em canções
Para o nosso amor ao vento soprar

Lembre de mim quando quiser voltar
Tenha certeza, ainda estarei te amando
Se voltar, de felicidade vou chorar
E se chegar, vou estar te esperando.

Allan Borges
04/11/2009

Distraindo o Coração

Deitado na beira da praia
Meus pensamentos não me deixam dormir
Por mais que eu procure relaxar
São lembranças de outros dias felizes
Aquela felicidade que não terei mais
Mas feliz aqui estou tentando continuar
O coração bate querendo ainda viver
Sinto o seu pedido mas não posso atender
O sol que me arde não me deixa chorar
Fecha os meus olhos e seca minhas lágrimas
Por um instante me faz menos triste
No movimento constante das palmeiras
O vai-e-vem sincronizado com o vento
Distraio os meus olhos para não buscar
Outras paisagens que vão se revelar
A maré está subindo e molhando os meus pés
Que tantas vezes sairam a procurar
Outros pares para se aquecer
Sentindo agora o frio da água do mar
Onde mais posso distrair os pensamentos?
Seguindo o voo de um passáro
Desejando por instantes a sua liberdade
Continuo deitado na beira da praia
Meus pensamentos estão cedendo
Um grande amor estou esquecendo.

Allan Borges
05/11/2009

Falso Espelho

Te beijando em outras bocas
Vou tentando te esquecer e te encontrar
Fechando os olhos para ver o teu sorriso
Imaginando o teu calor a me sugar

Te abraçando em outros abraços
Me aquecendo sem te aquecer
Os teus braços que tanto quero
Procuro em outros para te esquecer

Te amando com um outro amor
Uma mentira que inventei para viver
Pois sei que o amor que lhe tenho
Em outro nunca poderei ter

Te chamando por um outro nome
Me declarando a ti com outras palavras
Não estou só para não me acostumar
Tentando sobreviver a te esperar

Te olhando em outros olhos
Refletindo um sentimento por engano
Para manter o nosso amor
Em outra pessoa continuo te amando.

Allan Borges
05/11/2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

UM SONHO

Sabe qual é meu sonho?
Tente adivinhar...
Sou poeta, e poeta é fogo pra sonhar...

Tenho amor pra dar...
Tenho paixão no peito
Sou poeta...
E poeta sonha em desejar...

Não sabe ainda qual é meu sonho?
Vou te ajudar...
poeta é apaixonado
E tem amores a desejar

Meu sonho é continuar a amar
ou até mesmo apaixonar
Tenho desejo e amores no peito
Sonho até em poetizar...
Mas na verdade meu grande sonho...É amar e amar
(Rangel 11 anos)

"PAIXÃO NO LUAR"

Naquela linda noite de luar,
A paixão que avia em seus olhos me fazia amar
Naquela noite de luar,
A luz que refletiam em você te fazia até mesmo brilhar

Óh linda menina!
Que na quela linda noite de luar
Me fazia apaixonar.
O chão estava flutuando, pois a paixão o fazia levantar.

Óh linda menina!
Fez que a paixão que havia dentro de mim,
Escapace em meio o ar
Tudo naquela linda noite de luar.
(Rangel 11 anos)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Soneto Do Amor Total

Soneto do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinícius de Moraes

...

Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor.

William Shakespeare

Te amo

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Carlos Drummond de Andrade

...

Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

William Shakespeare

Bilhete

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

Mário Quintana

Dedução

Não acabarão nunca com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente.
Vladimir Maiakóvski

...

Quiseste expor teu coração a nu.
E assim, ouvi-lhe todo o amor alheio.
Ah, pobre amigo, nunca saibas tu
Como é ridículo o amor... alheio!

Mário Quintana

Amor...

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís de Camões

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Amar ou ser amado?

Se pudéssemos escolher apenas uma alternativa...
O que seria mais importante?
Amar ou Ser Amado?
Por mais que pensemos...
Fica realmente difícil encontrar uma resposta...
Mas podemos tentar...
Vamos presumir que a alternativa escolhida fosse Amar...
Como é bom Amar...
Sentir o coração bater mais forte...
As mãos frias e trêmulas...as pernas fracas...
O sorriso nos lábios...
Sim, porque o sorriso faz parte do amor e como faz!
Quando amamos, temos o privilégio de sorrir mais...
Sorrimos até quando estamos parados, com o pensamento longe...
Sorrimos das próprias lembranças que esse amor nos traz...
e muitas vezes, quando nos damos conta...
Estamos lá, não importa aonde...
Mas estamos com o sorriso nos lábios...
Até mesmo parados no farol a caminho de casa...
No meio de um trabalho...
Quem estiver prestando atenção na gente... provavelmente não vai
entender nada...
Mas, se essa pessoa também já amou
alguma vez na sua vida...
Ah, com certeza vai entender porque estamos assim... e vai sorrir
também só em lembrar como ela
já ficou um dia por causa do amor...
Quando pensamos na pessoa amada,
uma enorme sensação de leveza
vai tomando conta do nosso corpo...
Da nossa mente...da nossa alma...assim, sem pedir licença...
Mas é uma sensação tão maravilhosa que não importa, ela é tão boa
que não precisa mesmo pedir licença...
pode ir entrando e tomando
conta do nosso ser...
Sensação de plenitude...
E, agora, vamos pensar na outra escolha...
Ser amado...
Como é maravilhoso também saber que existe alguém que nos ama...
Que se importa conosco...
Que se preocupa com tudo o que nos possa acontecer...
Que teme que nos aconteça algo de errado...
A pessoa que nos ama está sempre vigilante...
Tentando nos proteger de situações
que poderiam nos machucar, e
consequentemente machucar a esta pessoa também, sim, porque não
podemos nos esquecer de tudo que foi dito anteriormente sobre
amar...
Quando somos amados, se algo de
errado nos acontece, o ser que nos
ama sofre muito com isso,
talvez sofra mais do que nós mesmos
poderíamos sofrer...
O ideal seria escolher as duas alternativas
Amar e Ser Amado
Pois os dois sentimentos se completam
Mas, nem sempre é assim...
O ideal seria:
Saber Amar e Ser Amado
Mas isto é privilégio de poucos...
talvez privilégio de quem já aprendeu
muito com o amor, já cresceu
muito com ele, e por isso talvez até
consiga entende-lo melhor...
O ideal seria:
Amar sem sufocar... Amar sem aprisionar...
Amar sem cobrar... Amar sem exigir...
Amar sem reprimir, simplesmente Amar...
E
Ser Amado sem se sentir sufocado...
Sem se sentir aprisionado...
Sem se sentir cobrado...
Sem se sentir exigido...
Sem se sentir reprimido
Simplesmente Ser Amado!
Pois do que nos adiantaria Amar sem Ser Amado
e Ser Amado sem Amar?

(Gisilaine Andrade)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Seu Olhar...

Seu olhar, Minha saudade...
Dificil te amar.
Sua Ausência me faz chorar,
e teu olhar me faz sonhar,
sonhar de uma forma surreal,
E desse sonho não quero mais acordar
Pois no meu lado você está,
E nos meus braços novamente posso te amar...
(André O. Santos)

Mario Quintana

Escrevo diante da janela aberta
Minha caneta é cor das venezianas.
Verde!...E que leves, lindas Filigranas
Desenha o sol na página deserta.

Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons...acerta...desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas Cotidianas...

Jogos da luz daçando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
pra que Pensar? Também sou da paisagem.

Vago solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmuto...riso-me...estremeço...
Nos leves dedo que me vão pintando!
(Mario Quintana)

Manuel Bandeira

Quer livres, quer regulares,
Abrem sempre os teus Cantares
Como flor de quintanares.

Soneto (Álvares de Azevedo)

Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! Na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! O seio palpitando…
Negros olhos as pálpebras abrindo…
Formas nuas no leito resvalando…
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti – as noites eu velei chorando,
Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!

Amor (Álvares de Azevedo)

Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu’alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!
Quero em teus lábio beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d’esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!
Vem, anjo, minha donzela,
Minha’alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!

Anjos do Céu (Álvares de Azevedo)

As ondas são anjos que dormem no mar,
Que tremem, palpitam, banhados de luz…
São anjos que dormem, a rir e sonhar
E em leito d’escuma revolvem-se nus!
E quando de noite vem pálida a lua
Seus raios incertos tremer, pratear,
E a trança luzente da nuvem flutua,
As ondas são anjos que dormem no mar!
Que dormem, que sonham- e o vento dos céus
Vem tépido à noite nos seios beijar!
São meigos anjinhos, são filhos de Deus,
Que ao fresco se embalam do seio do mar!
E quando nas águas os ventos suspiram,
São puros fervores de ventos e mar:
São beijos que queimam… e as noites deliram,
E os pobres anjinhos estão a chorar!
Ai! quando tu sentes dos mares na flor
Os ventos e vagas gemer, palpitar,
Por que não consentes, num beijo de amor
Que eu diga-te os sonhos dos anjos do mar?

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Moraes